A História do Gato Azul

A História do Gato Azul, de autoria de Geny Marcondes, é o 4º disco de vinil da coleção “Infantil – Edição Sonora”.

O Gato Azul - Infantil: Edição Sonora
O Gato Azul – Infantil – Edição Sonora

Era uma vez…

Um gato de pelúcia azul, de rabo comprido, orelhas pontudas e fita vermelha no pescoço com um sininho dourado.

O dono do Gato Azul era um menino chamado Pedrinho.

Todas as noites, Pedrinho levava o gato para a cama e ficava a puxar os seus bigodes, devagarinho até chegar o sono.

Uma noite porém, Pedrinho foi dormir zangado e atirou o bichano no chão, virando-lhe as costas.

Gato Azul começou a queixar-se: – Brrr, Miauuuu, quero dormir na cama! Miauuu! Não quero dormir neste chão duro! Miauuuu!

Mas Pedrinho não teve pena do bichano e fez que não ouviu.

Dali a pouco estava dormindo debaixo das cobertas quentinhas…

Enquanto isso, o pobre gato resmungava baixinho: – Que chão duro! Miauuu!

No dia seguinte, quando Pedrinho acordou, a zanga já havia passado e ele teve saudades do Gato Azul. Pulou da cama e procurou o bichano no chão. Mas viu, com espanto, que ele não estava mais lá. Quando Pedrinho estava quase chorando sem saber o que fazer, apareceu na janela um Bem-Te-Vi, Bem-Te-Vi.

– Bem-Te-Vi, Bem-Te-Vi, você viu meu gatinho por aí?

– Bem-Que-Vi, Bem-Que-Vi! O gatinho passar por ali!

E o Bem-Te-Vi apontou o caminho da praça.

Pedrinho assustado saiu da casa ainda com pijama no corpo, sem lavar o rosto, nem escovar os dentes, imagine vocês! E lá se pôs a caminho da pracinha, que ficava perto da praia.

– É, vai ser difícil encontrar o gatinho aqui na praça no meio de tanta gente. Ah! A borboleta amarela vem vindo, eu vou perguntar se ela viu o Gato Azul!

– Bom dia, bom dia, borboleta amarelinha! Bom dia, bom dia, borboleta amarelinha! Você viu o meu gatinho?

– Eu vi quando o seu gatinho tomava aquele caminho!

Pedrinho agradeceu a informação, desceu o murinho e pôs-se a procurar o gato na areia da praia. Mas o bichinho não estava ali. Muito triste, Pedrinho cobriu o rosto com as mãos e por isso não viu que um barquinho vinha vindo devagar.

O barco era de Martim Pescador, e sabem vocês quem estava lá dentro?! Gato Azul, contente da vida, pois havia pescado mais de vinte peixes. O bichano pois uma pata diante dos olhos e começou a espiar a praia. Deu com o vulto de Pedrinho.

– Miauuu! Eu conheço aquele pijama de listras cor de rosa! Miauuu! É Pedrinho!!!

– Hã?! Pedrinho?! Quem é Pedrinho?

– É o meu dono, Martim Pescador!

– Dono?! Ah, pois eu sou livre! Dono é o que eu não tenho!

– Martim Pescador, muito obrigado por tudo! Mas desisto das viagens que combinei com você! Leve-me para a praia, pois desejo viver com meu dono, o Pedrinho!

– Há! Mais vale um gosto que seis vinténs! Se você desiste de conhecer os sete mares do mundo, só por causa desse menino, isso é lá com você!

Vamos vamos, meu barquinho, vamos vamos atracar, lá vem perto do Pedrinho, que não pára de chorar.

Gato Azul amarrou os peixes num barbante, despediu-se de Martim Pescador e desembarcou bem perto de Pedrinho que ainda chorava.

– Miauuu! Pedrinho! Pedrinho!

– Meu gatinho, meu amiguinho querido!

– Miauuu!

– Você promete não fugir mais de mim, gatinho?

– Prometo! Mas você também promete que nunca mais me atira no chão?

– Prometo! Prometo sim! E agora vamos pra casa que a mamãe deve estar a nossa procura!

– Vamos, vamos!

Amigos somos os dois, tal qual os dedos da mão, o Gato Azul e Pedrinho, cuidando um só coração!

E lá se foram, Pedrinho e o Gato Azul de braços dados para casa. A mãe de Pedrinho fritou os peixinhos que o Gato Azul havia pescado e todos festejaram a volta do bichano, comendo a deliciosa peixada!

Amigos somos os dois, tal qual os dedos da mão, o Gato Azul e Pedrinho, cuidando um só coração!

O Gato Azul - Compacto 1972 - Edição Sonora Infantil 4
O Gato Azul – Compacto 1972 – Edição Sonora Infantil 4
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Saiba mais sobre a vida e obra da artista Geny Marcondes.

Apaixonado por gatos? Conheça a História do Gato Xadrez!

8 comentários sobre “A História do Gato Azul

  1. Clemilde

    Esta hitória minha filha pedia para seu pai contar várias vezes todas as noites para dormir. Hoje bordei um gato azul num avental para uma professora de creche e tive a ideia de procurá-la, pois tinha num disco de vinil e já não tenho mais. Adorei encontrar. Uma história bem contada e que fez parte da infância de minha filha. Agradeço muito quem conseguiu resgatá-la e compartilhar com a gente.

  2. Pingback: História do Gato Xadrez • Museu Grandes Novidades

  3. Amanda

    Acabei de ler essa história com minha mãe (56 anos ela tem) e minha irmã de 32 anos pediu para contar.
    Ficamos felizes com a história.
    😍👍🏼

    Mande para nós mais coisas dessa época. Obrigsda

  4. Renato

    Há tempos procuro essa referência na internet. Não tenho palavras para descrever a saudade desse tempo em que eu passava horas ouvindo as histórias dessa coleção.
    Procuro também a história “dos patinhos que entravam no caixão”, e outras… se tiver mais, por favor, publique!!!
    Muito obrigado por nos proporcionar essa viagem no tempo!!! Gratidão!!!

    1. museunovidades Autor da Postagem

      Olá, Renato!
      Obrigada pelo seu comentário, é motivo de muita alegria saber que as postagens aqui contribuem para essa viagem no tempo!
      Não estou conseguindo lembrar dessa história dos patinhos, mas vou procurar e farei o possível para trazer esse conteúdo em breve 😀
      Agradeço pela sugestão e carinho!

  5. Alaíde

    Para Renato que procura pela história dos patinhos, você irá encontra-la no canal do Geny Marcondes no youtube, a historinha chama-se “Escolinha Risonha”.

  6. Denise

    Eu me lembro muito dessa historia e a historia dos patinhos: “e um patinho, são dois, patinhos, são três patinhos, já quatro são, cinco patinhos amarelinhos, entraram todos la no caixão.”
    Desbloqueio de memorias ativadas.

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